O MITO DO NÚMERO 666
Qual a origem do misterioso Número 666!
A origem da profecia se associa ao trecho das Escrituras Sagradas Judaico-Cristã, mais precisamente no Livro de Apocalipse ou Livro de Revelações escrito por João Evangelista, no capítulo 13.
O livro de Apocalipse trata de revelações dadas pelo Deus Bíblico, relatando acontecimentos proféticos de um determinado período do tempo da história, que seria o último período da contagem dos dias antes do fim dos tempos e sua essência é usada como fonte de superstições no percurso da história.
Assim o número da besta ou marca da besta, é, de acordo com a tradição cristã, o número correspondente ao sinal da besta.
Nos manuscritos gregos, na realidade cópias que muitos estudiosos discutem a originalidade; foi escrito em hebraico a frase como χξϛ´ (666 em forma numérica grega) ou algumas vezes ἑξακόσιοι ἑξήκοντα ἕξ (“seiscentos e sessenta e seis”, por extenso).
O número da Besta marca na história bíblica o início da rebeldia de um povo ou nação pela representação de um governo mundial, o governo do Anticristo.
O número da Besta representa a falsa adoração, ou seja, a idolatria ao anticristo. No final terminará com o 666; ou a vinda do Anticristo, aquele que deseja ser como o “Deus salvador”, já que para os Cristãos, só Jesus Cristo salva.
Assim a Profecia visa levar ao ser humano o entendimento das coisas futuras que irão acontecer, para que se vierem a acontecer o cristão não seja pego de surpresa, e assim no começo do Apocalipse, o autor recebe a mensagem do Anjo para dar aos seus servos, aqueles que seriam o povo deste Deus verdadeiro, o Deus de Israel.
Para entender esta estranha associação, vamos pensar como nos tempos em que o texto foi escrito, provavelmente, no século 1.
Nesta época, os cristãos não admitiam a divindade do imperador romano Nero, o que incomodou o governante, que passou a perseguir os adeptos do cristianismo, e assim passou a ser tido como “a besta” entre os cristãos.
Porém na época ousar chamá-lo assim certamente atrairia sua irá para si então, os cristãos relacionar as letras do nome Nero a algarismos.
Através de uma técnica na qual a numerologia se baseia chamada Gematria, onde através da associação de números às letras do alfabeto hebraico, o número resultante do nome NERO, foi 666.
Essa é a explicações para a associação, afinal, o livro do Apocalipse foi escrito em mensagem cifrada, justamente devido a perseguição de Roma contra os cristãos.
Assim era muito comum, na antiguidade, utilizar-se de números para esconder um nome, como nos alfabetos grego e hebraico, toda letra tem um número correspondente, se você somasse todas as letras do seu nome, automaticamente você tinha um código numérico.
Vamos a um exemplo:
No nome Ana: a letra “A” tem valor 1; e a letra “N” valor 50.
Assim o nome Ana pode ser escrito numericamente pelo número 51.
Desta mesma forma podemos escrever o nome do imperador Nero; com base no alfabeto hebraico; sigma + ksi + rô + nu + digama + sigma + nu; teremos numericamente: 200+60+100+50+6+200+50.
Assim pela associação numérica o nome NERO escrito em hebraico; ou “a besta”; como era tido pelos cristãos ne época a soma desta associação é o diabólico número 666.
O que a maioria das pessoas não sabe é que há muitos outros mitos conhecidos que se originaram no apocalipse com base no Império Romano da época.
A palavra Armagedon, descrita no livro; teve origem na Batalha do Armagedon, ocorrida no Megido que em hebraico equivale a magedo ou magedon; monte que hoje fica no território de Israel e que na época era um sangrento campo de batalha, onde se alojava uma das mais cruéis tropas do Império Romano.
No hebraico Monte equivale a “har” assim para os cristãos da época, era no Monte Megido, que ocorria a luta entre o bem e o mal, ou a batalha do Monte Megido; (Har Magedon), que originou a palavra Armagedon.
Já os cavaleiros do Apocalipse são quatro homens, em cavalos nas cores branca, vermelha, preta e verde.
Cores do império romano contida nas mantas que recobriam os cavalos do exercito romano. eles soltariam no mundo a morte, guerra, fome e conquista, o que representando a violência resultante de escolher não seguir a palavra de Deus ou a Roma imperial da época.
Outra imagem famosa do livro é a da Besta do Apocalipse e suas sete cabeças, que emerge do oceano e exige ser adorada; é o nome de uma blasfêmia está escrito em cada uma das suas cabeças.
A besta se refere a Roma antiga, e as cabeças seriam os sete imperadores que Roma antiga teve naquele tempo; Calígula, Claúdio, Nero, Vespaciano, Tito, Domiciano e Nerva.
O termo blasfêmia foi atribuído aos imperadores romanos por se intitularem deuses. a tendência dos imperadores romanos de se chamarem de deuses.
E com base nisto; até hoje, o Apocalipse exerce influência principalmente na cultura ocidental é aparece em várias referências modernas.
E desta forma os números “13” e “666”; detém até hoje um significado alegórico em nossa cultura e sociedades ocidentais.
É perceptível como em pleno século 21 muitos ainda tentam evitar os supostos e polêmicos números do “azar” 13 e 666.
A Intel quando lançou o PETIUN III 666MHz, adotou o número 667 alegando que a velocidade do processador sendo 666,666 MHz estava mais próximo de 667.
A Corel, ao lançar o que deveria ser a versão 13 do Corel Draw, mudou o nome da sequência para CorelDraw Graphics Suite X3, que nada mais é que a versão 13 o que mostra a superstição que ainda há com o número.
A organização mundial Scholas Occurrentes, promovida pelo Papa Francisco, voltada para a inclusão educativa e a paz rejeitou uma doação de 16,666 milhões de pesos do governo argentino.
Em carta aos diretores o papa alega que a quantia era excessiva para um momento tão complicado no país.
Em outra carta para o chefe de gabinete argentino Marcos Peña, os diretores do Scholas Occurrentes confirmaram a decisão de suspender a doação levando em consideração que alguns poderiam interpretar errado o gesto.
Por outro lado, há aqueles que se aproveitam de forma positiva desta superstição.
Muitos músicos, de compositores clássicos a bandas de heavy metal, foram influenciados por temas da revelação.
A banda de Rock Iron Maiden batizou um de seus disco de como The Number of the Beast. O número da besta.
Em Hollywood os estudos se aproveitam do tema para lançar filmes que referenciam o fim do mundo, como O Sétimo Selo (1957), Fim dos Dias (1999), Filhos da Esperança (2006); É o Fim (2013) e o próprio Armageddon.
Outra polêmica envolve a pirâmide de vidro do Louvre; o mito gira em torno do número de placas de vidro que compõem a estrutura.
Documentos oficiais dos anos 80 chegaram citavam que foram utilizadas 666 placas de vidro, número que, segundo a tradição cristã, evoca a besta, o diabo em pessoa.
Assim os documentos foram revisados e pelo menos oficialmente a pirâmide é composta por um total de 673 placas sendo 603 losangos e 70 triângulos.
Fato é que à partir da interpretação bíblica, o número passou a ser associado com o diabo e tudo que está relacionado ao maligno.
Porém em 1895 foi encontrado um fragmento do Livro do Apocalipse, datado do século 3, na cidade egípcia de Oxyrhynchus, escrito em grego, a língua oficial do Novo Testamento.
Esse fragmento ilegível e sem pigmentação faz parte do acervo do Ashmolean Museum, em Oxford na Inglaterra e recentemente foi submetido a técnicas avançadas na Oxford University, que permitiu sua leitura.
Segundo os especialistas que conduziram a pesquisa, o número citado por João não é 666 e sim 616. Entre eles está o professor David Parker, especialista em Paleografia do Novo Testamento da Universidade de Birmingham, que atesta que o número 616 é o original da escrita de João
Independente dos mitos e interpretações; muitos esotéricos gostaram da mudança pois o número 666, cuja soma resulta em 18 e 9, estão associados aos arcanos A Lua e o Ermitão, que na numerologia cabalística, simboliza a prudência e a prudência.
Enquanto número 616, onde a soma é 13 e 4, associado aos arcanos A Morte e o Imperador, que representam um grande personagem comandando a destruição e a renovação, que estaria mais de acordo com o argumento bíblico do Apocalipse.